Você sabe o que é a colestase gestacional, condição que matou médica piauiense grávida aos 37 anos?

A médica piauiense, Luma Elis Bezerra Teixeira, de 37 anos, morreu vítima de colestase gestacional na noite desta segunda-feira (03).

Na noite desta segunda-feira (03), a médica, Luma Elis Bezerra Teixeira, de 37 anos, natural de Picos, morreu vítima de colestase gestacional. Afinal o que é essa condição que atinge o fígado durante a gravidez? Continua depois da publicidade

Luma Bezerra estava grávida de 16 semanas do terceiro filho. Recentemente, a médica dermatologista começou a sentir-se mal e buscou atendimento. Foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital em Teresina, onde teve o diagnóstico da colestase confirmado.

Em razão da gravidade do quadro de saúde, Luma foi transferida em uma UTI Aérea para o Hospital São Camilo, em Fortaleza, onde aguardava pela doação do órgão (fígado). No entanto, a médica não resistiu e faleceu na noite da última segunda-feira (03).

O que é a colestase gestacional?

A colestase gestacional, também conhecida como colestase intra-hepática da gravidez, é uma condição do fígado que ocorre durante a gravidez e é caracterizada pela redução ou obstrução do fluxo biliar (bile). Isso resulta no acúmulo de ácidos biliares no sangue da mãe, podendo causar sintomas incômodos e apresentar riscos tanto para a mãe quanto para o bebê.

Sintomas

Os principais sintomas da colestase gestacional incluem:

  • Prurido (coceira) intenso, especialmente nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, que pode se intensificar à noite;
  • Icterícia (amarelamento da pele e dos olhos), embora seja menos comum;
  • Urina escura e fezes claras.

Causas e Fatores de Risco

A causa exata da colestase gestacional não é completamente compreendida, mas acredita-se que esteja relacionada às mudanças hormonais da gravidez e a uma predisposição genética. Fatores que podem aumentar o risco incluem:

  • Histórico familiar de colestase gestacional;
  • Gravidez múltipla (gêmeos, trigêmeos, etc.);
  • Histórico pessoal de doença hepática.

Diagnóstico

O diagnóstico é geralmente baseado nos sintomas relatados pela paciente e em exames laboratoriais que medem os níveis de ácidos biliares no sangue. Outros exames de função hepática também podem ser realizados para avaliar a saúde do fígado.

Tratamento

O tratamento visa aliviar os sintomas e reduzir os riscos para o bebê. Pode incluir:

  • Medicamentos que ajudam a reduzir os níveis de ácidos biliares e aliviar a coceira;
  • Antihistamínicos ou outros medicamentos tópicos para aliviar a coceira;
  • Monitoramento rigoroso da mãe e do bebê, incluindo exames de sangue frequentes e ultrassonografias para monitorar o bem-estar do feto;
  • Parto antecipado: Em casos graves, o parto pode ser induzido por volta das 37-38 semanas de gestação para reduzir os riscos para o bebê.

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Complicações

Se não tratada, a colestase gestacional pode levar a complicações como:

  • Parto prematuro;
  • Sofrimento fetal;
  • Morte fetal intrauterina;
  • Hemorragias pós-parto devido à má absorção de vitamina K, essencial para a coagulação do sangue;
  • Morte da gestante

Prognóstico

Com tratamento e monitoramento adequados, a maioria das mulheres com colestase gestacional tem boas chances de ter uma gravidez segura e um bebê saudável. No entanto, a condição pode aumentar o risco de recorrência em futuras gestações.

É importante que qualquer mulher grávida que esteja experimentando sintomas de colestase gestacional procure seu médico para avaliação e cuidado adequados.

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Com informações do portal Cidade Verde / edição: Tribuna de Parnaíba

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