A tragédia que abalou o litoral piauiense e todo o Piauí teve mais um capítulo doloroso neste final de semana.
Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos, que estava internado desde 25 de agosto no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), não resistiu ao envenenamento que também vitimou seu irmão mais novo, João Miguel da Silva, de 7 anos. João Miguel faleceu em 28 de agosto, três dias após ambos serem transferidos de Parnaíba para a capital. Continue lendo depois da publicidade
Os irmãos foram envenenados ao ingerirem cajus contaminados com terbufós, uma substância altamente tóxica utilizada em inseticidas e nematicidas. A principal suspeita do crime é Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos, vizinha das crianças. Ela foi indiciada pelos crimes de homicídio qualificado tentado e consumado, com qualificadoras que agravam a pena: motivo fútil, emprego de veneno, recurso que dificultou a defesa das vítimas e crime contra menores de 14 anos.
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Conforme investigações da Polícia Civil do Piauí, Lucélia teria oferecido às crianças o saco de cajus envenenados. As causas do crime são descritas como absolutamente desproporcionais e banais, um dos elementos que chocam ainda mais a comunidade local e especialistas em direito penal. O Ministério Público do Piauí (MPPI) já denunciou a suspeita com base no mesmo entendimento da polícia. Presa em flagrante, Lucélia nega as acusações, mas teve sua prisão preventiva decretada e permanece detida na Penitenciária Mista de Parnaíba.
A morte de Ulisses Gabriel ocorre após uma longa e angustiante batalha pela vida na UTI Pediátrica do HUT, onde ele foi tratado com todos os esforços possíveis pela equipe médica. O caso despertou revolta e comoção em Parnaíba e em todo o estado, reacendendo discussões sobre a segurança e proteção das crianças, além de uma pressão por justiça rigorosa.
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Da Redação do Tribuna de Parnaíba
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