Saiba como funciona o protocolo de morte encefálica, iniciado nesta terça-feira (27) no pequeno João Miguel vítima de envenenamento em Parnaíba

Hospital de Urgência de Teresina deu início ao protocolo nesta terça-feira (27). De acordo com normas do Ministério da Saúde e Conselho Federal de Medicina, são necessários no mínimo dois exames, realizados por médicos diferentes.

O HUT – Hospital de Urgência de Teresina deu início ao protocolo de morte encefálica, para o pequeno João Miguel Silva, de 7 anos, nesta terça-feira (27). A criança é um dos irmãos vítima de envenenamento na cidade de Parnaíba. Continua depois da publicidade

Ainda em Parnaíba, o pequeno João Miguel sofreu diversas paradas cardíacas e, em algumas delas acabou ficando vários minutos sem que as equipes conseguissem trazê-lo de volta, apesar de todos os esforços e persistências de médicos e enfermeiras, do hospital Nossa Senhora de Fátima, que, mesmo sabendo da dificuldade de reverter o estado crítico dos irmãos, nunca desistiram da busca por um quase milagre.

Continue lendo após a oferta de nosso anunciante

De acordo com o Conselho Federal de Medicina, os procedimentos para determinação de morte encefálica (ME) devem ser iniciados em todos os pacientes que apresentem coma não perceptivo, ausência de reatividade supraespinhal e apneia persistente, e que atendam a todos os seguintes pré-requisitos:

  • presença de lesão encefálica de causa conhecida, irreversível e capaz de causar morte encefálica;
  • ausência de fatores tratáveis que possam confundir o diagnóstico de morte encefálica;
  • tratamento e observação em hospital pelo período mínimo de seis horas. Quando a causa primária do quadro for encefalopatia hipóxico-isquêmica, esse período de tratamento e observação deverá ser de, no mínimo, 24 horas;
  • temperatura corporal (esofagiana, vesical ou retal) superior a 35°C, saturação arterial de oxigênio acima de 94% e pressão arterial sistólica maior ou igual a 100 mmHg ou pressão arterial média maior ou igual a 65mmHg para adultos.

Ainda é obrigatória a realização mínima dos seguintes procedimentos para determinação da morte encefálica:

  • dois exames clínicos que confirmem coma não perceptivo e ausência de função do tronco encefálico;
  • teste de apneia que confirme ausência de respiratórios após estimulação máxima dos centros respiratórios;
  • exame complementar que comprove ausência de atividade encefálica

Somados os períodos de exames, a determinação da morte cerebral só poderá ocorrer após sete horas (seis horas de observação + uma hora de exames).

Clique aqui e receba as notícias do Tribuna de Parnaíba em seu celular

Da Redação do Tribuna de Parnaíba

Acesse nossas redes sociais:
https://www.facebook.com/tribunadeparnaiba
https://www.instagram.com/tribunadephb/
https://www.youtube.com/@TribunadeParnaiba

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *