Com alguns profissionais frutos de indicação política, HEDA acumula erros médicos que já causaram até mortes

Maior hospital público estadual da região norte do Piauí, unidade enfrenta casos de erros médicos em diagnósticos e até violência obstétrica em partos.

Com capacidade para 8.000 atendimentos por mês e um total de 278 leitos, o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde, não é de hoje usado como cabide de emprego para políticos. Sejam eles de mandato ou em vias de ascensão política. Quem nunca soube de histórias sobre alguém que conseguiu um emprego no HEDA através de algum vereador, candidato ou até mesmo um deputado estadual? Continua depois da publicidade

O resultado disso é uma extensa ficha de processos e casos de erros médicos (alguns deles fatais). O mais recente, da radialista Cristiane Albuquerque, que teve amputada as duas pernas em decorrência de um diagnóstico errado, ocorrido na unidade de saúde estadual.

No mês de julho deste ano, uma paciente em trabalho de parto, foi vítima de violência obstétrica, quando teve a barriga esmurrada por um profissional, resultando inclusive no nascimento do bebê com a clavícula quebrada.

Gerido pelo Instituto Saúde e Cidadania – ISAC, desde junho de 2023, quando teve seu contrato de parceria assinado junto à Secretaria de Estado da Saúde do Piauí, o hospital manteve a tradição de realizar contratação de profissionais através de indicações políticas e, da continuidade de erros médicos.

Seriam esses erros, frutos da contratação de profissionais indicados por apadrinhamento e não por experiência?

Mas como dissemos a “prática” de erros médicos no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde não é recente. Se não, vejamos:

Criança tem braço amputado

Em 2013, um jovem com então, 13 anos de idade, identificado como Dheymerson Souza de Carvalho, teve o braço amputado no HEDA, após uma queda de cavalo. Em março deste ano (2024), quase 10 anos depois, a justiça condenou o HEDA a pagar uma indenização no valor de R$ 150.000,00, por considerar que houve um erro médico, levando à amputação do membro direto da vítima.

Dheymerson Souza de Carvalho, com então 13 anos de idade teve braço direito amputado por erro médico no HEDA.

Família denúncia morte de bebê por erro médico no HEDA

Em maio de 2022, a família de um bebê denunciou através de redes sociais a morte da criança após dar entrada no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA).

Segundo a família, o bebê deu entrada na unidade de saúde com quadro de diarreia. Ainda conforme o pai da criança, ela precisou ser “furada” várias vezes para receber a medicação.

“Ele tava sorrindo bem aí, eles falaram que ele tava desidratado passaram uma hora furando ele depois ele resolveu coloca na veia do pescoço. Drogaram meu filho porque ele tava muito agitado. Depois disso meu filho começou a sentir falta de ar e febre de 40°, depois eles intubaram e me entregaram meu filho morto” relatou o pai.

Vidas salvas? Muitas, incontáveis até. Mas até quando o maior e mais importante hospital público da região norte do Piauí vai ser usado como máquina produtora de votos e mortes?

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Da Redação do Tribuna de Parnaíba

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