Cidade maranhense sofre com buracos gigantes e pode desaparecer

Governo federal aprovou o estado de calamidade pública. A medida visa a atender 220 famílias que vão ter de deixar suas casas.

Buriticupu, cidade situada a 417 quilômetros de distância de São Luís, no Maranhão, pode desaparecer. O município com mais de 70 mil habitantes sofre com a abertura de diversas crateras que estão engolindo a área. Diante desse risco, o governo federal aprovou o estado de calamidade pública. Continua depois da publicidade

A União aprovou processo de assistência social, em cerca de R$ 687 mil, para aquisição de materiais de higiene pessoal, dormitório, aluguel de veículos e combustível. A medida visa a atender 220 famílias que vão ter de deixar suas casas.

“Sou filha de Buriticupu e, quando crianças, atravessávamos essas grotas, que hoje viraram voçorocas de até 70 metros”, lembrou a deputada estadual Edna Silva (Patriota).

As voçorocas são fenômenos geológicos que surgem como pequenas fendas no solo, geralmente provocadas pela força da água da chuva. As fendas chegam ao nível de voçorocas quando atingem o lençol freático. É o que está acontecendo hoje em Buriticupu.

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Segundo especialistas, o desmatamento, a ocupação desordenada, o relevo e o solo arenoso são os principais fatores que contribuíram para o surgimento e avanço dos buracos gigantes. No total, são 26 buracos gigantes que avançam sobre a cidade e tiram o sono dos moradores.

A cada ano, as crateras avançam em média cinco metros sobre a cidade. Por onde passam, as voçorocas vão engolindo quintais, casas e ameaçam bairros inteiros. Mais de 50 casas já foram engolidas pelas crateras de Buriticupu.

Chuvas

O estado ainda sofre os efeitos das fortes chuvas que atingiram a região na última semana, causando enchentes e desalojando famílias.

O governador do Estado, Carlos Brandão (PSB) seguiu visitando ontem uma série de cidades atingidas. “Em Pindaré-Mirim, acompanhamos a dificuldade das pessoas que enfrentam a cheia do rio e ouvimos suas necessidades. Com compromisso, estamos retirando as famílias das áreas de risco”, escreveu Brandão em uma rede social.

Com informações do jornal O Estado de S. Paulo / edição: Tribuna de Parnaíba

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