De acordo com Veridiana Barcelos, Líder de Pessoas e Cultura da abler, a transparência entre gestores e suas equipes pode reverter esse quadro
Um levantamento realizado pelo site empregos.com.br, entre os dias 25 e 30 de novembro de 2022, apontou que 77% dos profissionais que atuam no mercado de trabalho brasileiro estão insatisfeitos com seu emprego atual. Continua depois da publicidade
O estudo aponta, ainda, que 70% dos profissionais entrevistados buscam melhores salários ao procurarem por novas oportunidades. De acordo com Veridiana Barcelos, líder de Pessoas e Cultura da abler, startup que tem o propósito de trazer facilidade e eficiência na gestão dos processos seletivos, uma das razões por trás dessa insatisfação é a falta de valorização profissional.
“Fomentar a valorização dos talentos internos é algo extremamente importante, e isso pode ser feito não só com promoções de cargo, mas de diversas maneiras. Parece uma tarefa simples, mas reconhecer e exaltar o trabalho bem-feito por parte dos colaboradores é algo crucial para que eles se sintam, realmente, importantes para aquele time. Além disso, a completa transparência entre gestores e equipe é algo fundamental para fortalecer os laços e alcançar uma maior satisfação dentro da empresa”, pontua.
Veridiana acredita que a nova geração de profissionais busca um crescimento acelerado, mas essas oportunidades não acontecem em todas as empresas. “O setor de RH deve ter o máximo de transparência para que esses colaboradores entendam como funciona a evolução de um profissional dentro daquela empresa específica. Assim, será mais fácil identificar as ambições e alinhar as expectativas entre as duas partes”, relata.
Para a especialista, a adoção de processos seletivos internos pode ser um dos passos para reverter esse quadro de insatisfação.
“Muitas vezes, as empresas contam com profissionais capacitados para as mais diversas funções em seu quadro de funcionários. Ao abrir uma vaga para determinado cargo, é importante analisar se algum dos colaboradores que fazem parte da empresa pode preencher essa função. Se sim, esse movimento irá mostrar para todos os funcionários que, apresentando bons resultados, seu trabalho será valorizado”, declara.
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O plano de carreira é algo que foi deixado de lado pelas empresas. Para a líder de Pessoas e Cultura da abler, a razão por trás desse fato é a impossibilidade de cumprir os prazos de promoção que, muitas vezes, são apresentados de forma irreal aos novos colaboradores. “Era comum ver empresas falando que, se alguém apresentar bons resultados, conquistará um cargo novo em seis meses ou um ano. No entanto, quando os resultados aparecem e a promoção não, esse profissional começa a se questionar sobre suas próprias habilidades, trazendo insegurança e piores resultados. Nesse sentido, a transparência é fundamental para que não exista uma expectativa fora da realidade”, pontua.
Segundo Veridiana, o setor de RH deve disponibilizar ferramentas que possibilitem o desenvolvimento e a valorização de colaboradores. “Assim, os gestores conseguirão identificar quais são aqueles que têm mais aptidão para determinadas funções, facilitando a escolha em uma eventual promoção. Essas ferramentas podem ser fundamentais, também, para analisar o desempenho dos colaboradores, mostrando seu esforço por meio de dados e números”, finaliza.
Edição: Tribuna de Parnaíba