Principais sintomas da doença envolvem vontade de urinar diversas vezes, fome frequente, sede constante e perda de peso
Nesta segunda-feira (14), Dia Mundial do Diabetes, o Ministério da Saúde reforça a importância não só do diagnóstico, mas também da prevenção. Mais de 12 milhões de pessoas convivem com a doença no Brasil atualmente. O Sistema Único de Saúde oferece todo o tratamento, da prevenção aos medicamentos, para o combate à doença. Continua depois da publicidade
A melhor maneira de evitar ou retardar o diabetes é ter uma alimentação saudável, praticar atividade física e evitar o uso de tabaco. A doença tem tratamento e suas consequências podem ser evitadas ou retardadas com medicamentos, exames regulares e tratamento de complicações.
As pessoas diagnosticadas com a doença apresentam níveis aumentados de glicemia, isto é, de açúcar no sangue, conforme explica a coordenadora do Departamento de Saúde Pública da Sociedade Brasileira de Diabetes, Karla Melo. “O normal é ter de 70 a 99 mg/dL de glicemia. De 100 a 125, dizemos que os níveis estão alterados, mas isso ainda não fecha o diagnóstico. Glicemias maiores ou iguais a 126 mg/dL já revelam que a pessoa tem a doença, necessitando de duas avaliações laboratoriais que demonstram esse nível maior que 126 mg/dL”, explica.
Os principais sintomas da doença envolvem vontade de urinar diversas vezes, fome frequente, sede constante e perda de peso. Fraqueza e fadiga também são sinais.
Há três tipos mais comuns de diabetes:
Tipo 1: causado pela destruição das células produtoras de insulina, em decorrência de defeito do sistema imunológico. Ocorre em cerca de 5 a 10% dos diabéticos;
Tipo 2: resulta da resistência à insulina e de deficiência na sua secreção. Ocorre em cerca de 90% dos diabéticos;
Diabetes gestacional: é a diminuição da tolerância à glicose, diagnosticada pela primeira vez na gestação, podendo ou não persistir após o parto. Sua causa exata ainda não é conhecida.
Outros tipos são decorrentes de defeitos genéticos associados a outras doenças ou com o uso de medicamentos.
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Fatores de risco
Além dos fatores genéticos e a ausência de hábitos saudáveis, existem outros fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento do diabetes, são eles:
- Pressão alta
- Colesterol alto ou alterações na taxa de triglicérides no sangue
- Sobrepeso, principalmente se a gordura estiver concentrada em volta da cintura
- Pais, irmãos ou parentes em primeiro grau com diabetes
- Doenças renais crônicas
- Histórico de doenças cardiovasculares
- Tabagismo
- Mulher que deu à luz criança com mais de 4kg
- Diabetes gestacional
- Síndrome de ovários policísticos;
- Diagnóstico de distúrbios psiquiátricos, como esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar
- Apneia do sono
- Uso de medicamentos da classe dos glicocorticóides
As pessoas diagnosticadas com a doença precisam manter uma vida saudável para evitar complicações que surgem em consequência do mau controle da glicemia. Altas taxas de açúcar no sangue, por tempo prolongado, podem causar sérios danos à saúde, como cegueira, insuficiência renal, ataque cardíaco, acidente vascular cerebral e amputação de membros inferiores.
Tratamento no SUS
Por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBS) é feito o rastreamento e a identificação precoce, consulta médica multiprofissional, atendimento domiciliar, avaliação e cuidados com os pés, ações de educação em saúde, prevenção e manejo das complicações crônicas do diabetes, academia de saúde, acolhimento à demanda espontânea em casos de descompensação do DM (hipoglicemia e hiperglicemia), além de ações de saúde bucal.
O SUS também disponibiliza Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), que podem ser oferecidas adicionalmente. Os pacientes com condições que necessitem de acompanhamento especial poderão ser encaminhados à Atenção Especializada e, posteriormente, deverão ter o cuidado continuado nas UBSs.
Previne Brasil
Desde 2019, com a instituição do Previne Brasil, que modificou o modelo de financiamento na Atenção Primária, o índice de pacientes acompanhados com hipertensão e diabetes subiu de 13% para 18%. O exame para diabetes é um dos critérios do programa, que fortaleceu o acompanhamento desses pacientes.
Novo medicamento no SUS
A dapagliflozina foi mais um tratamento incorporado à rede pública como mais um recurso no controle dos níveis de glicose na corrente sanguínea, colaborando para prevenir e reduzir complicações da doença. O medicamento é um dos cinco novos incorporados ao programa Farmácia Popular, que atende mais de 20 milhões de brasileiros.
Além de apresentar benefício na redução da glicose, essa tecnologia reduz a possibilidade de ocorrer eventos cardiovasculares, como infarto e demais problemas cardíacos, em pacientes que apresentam maiores riscos de desenvolvimento dessas doenças.
Fonte: Ministério da Saúde / edição: Tribuna de Parnaíba