Durante evento realizado em seu gabinete, o prefeito qualificou a governadora Regina Sousa de “macumbeira”. Fala foi transmitida ao vivo por redes sociais.
A prefeitura de Parnaíba emitiu nesta sexta-feira (01), uma nota de esclarecimento acerca da fala do prefeito Mão Santa durante cerimônia ocorrida em seu gabinete. Continua depois da publicidade
Opositor ferrenho ao partido dos trabalhadores, ao qual a governadora Regina Sousa é integrante, o prefeito usou o termo “macumbeira” ao se referir à nova gestora estadual.
Segundo a nota, a fala do prefeito Mão Santa não teve sentido pejorativo, apenas retratou o fato da governadora ter participado de um ato religioso (de matriz africana) em uma das cerimônias que marcaram a posse da petista.
Confira a nota:
Nota de esclarecimento
O prefeito Francisco de Assis de Moraes Souza, vem a público esclarecer acerca de sua fala sobre a opção religiosa da vice-governadora do estado do Piauí, Sra. Regina Sousa.
Durante cerimônia de assinatura do contrato para execução da nova ponte sobre o rio Igaraçu, ocorrido na manhã desta quinta-feira (31), o prefeito Mão Santa, usou o termo “macumbeira” associado a governadora Regina Sousa.
Segundo o dicionário da língua portuguesa, Michaelis, o termo “macumbeira” refere-se a: chefe ou líder de terreiro de macumba, tocador de macumba, ou àquele que pratica ou frequenta um terreiro de macumba. No que tange ao entendimento da língua portuguesa, não houve em momento algum pejoratividade do prefeito Mão Santa sobre o termo utilizado, apenas uma referência ao fato da atual governadora ter participado de cerimônia alusiva ao termo, durante as celebrações de sua posse como governadora do Piauí.
Continua depois da publicidade
Ao longo dos seus 79 anos, o prefeito Francisco de Assis de Moraes Souza, filho de terceira franciscana, católico praticante, reafirma seu respeito a toda e qualquer religião que pregue o amor a Deus e a prática do bem ao próximo, repudiando qualquer ato ou ação que resulte em preconceito religioso.
Deste modo, o prefeito Mão Santa, esperar ter esclarecido os fatos e orgulha-se em participar da construção de uma democracia cristã, onde a pluralidade religiosa é um sólido alicerce.
Por fim, é válido ressaltar que um “Estado laico” explícito em nossa Constituição, não pode adotar uma religião oficial e nem privilegiar uma religião, além de aceitar e garantir a liberdade de culto religioso.
A discriminação ou preconceito, nasce enfim, da vergonha em assumir seus ideais e suas convicções, não em palavras ditas sem maldades e utilizadas por pessoas inescrupulosas em troca de holofotes temporários.
Da Redação do Tribuna de Parnaíba