Anvisa aprova uso emergencial de primeira pílula para tratar covid

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quarta-feira, 30, o uso emergencial do medicamento Paxlovid, a primeira pílula antiviral de via oral a receber aval para tratamento da covid-19 no País.

Produzido pela Pfizer, o remédio reduz em 89% o risco de internação e morte em decorrência da doença, segundo resultados divulgados pela farmacêutica no final de 2021. Não à toa, já é usado em países da Europa e nos Estados Unidos. Continua depois da publicidade

No Brasil, o pedido de uso emergencial foi apresentado pela Pfizer no dia 15 de fevereiro. Conforme a Anvisa, após análise dos documentos submetidos pela farmacêutica, a decisão de aprovar o uso emergencial foi tomada durante a reunião da diretoria colegiada da agência.

O Paxlovid deve ser administrado nos primeiros dias de sintomas e é indicado para adultos que não requerem oxigênio suplementar, mas que, ainda assim, apresentam risco aumentado de progressão para covid grave. O remédio é composto por comprimidos de nirmatrelvir e ritonavir, que devem ser administrados de forma conjunta.

De acordo com a Anvisa, o medicamento não está autorizado para uso por mais de cinco dias. Além disso, como não há dados do uso do Paxlovid em mulheres grávidas, o Paxlovid não é recomendado para gestantes. Assim como para pacientes com insuficiência renal grave ou com falha renal, uma vez que a dose para essa população ainda não foi estabelecida.

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O medicamento, que é de uso adulto e deve ser vendido sob prescrição médica, possui aprovação para uso emergencial em agências regulatórias de Estados Unidos, Europa, Reino Unido, Canadá, China, Austrália, entre outros locais.

No Brasil, este é o oitavo medicamento que teve uso emergencial aprovado pela Anvisa para tratar a covid, sendo que um deles – o Xeljanz, também da Pfizer – teve o uso revogado. Conforme mostrou o Estadão no início desta semana, nenhum dos medicamentos com eficácia comprovada contra a covid-19 estão incorporados para tratamentos pelo Sistema Único Saúde (SUS).

Por Ítalo Lo Re / AE / Edição: Tribuna de Parnaíba

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