Segundo a Polícia Civil, a criança teria sido morta em dezembro do ano passado, vítima de um ritual satânico realizado no povoado Santa Teresa, zona rural de Teresina.
A Polícia Civil prendeu na noite desta segunda-feira (21), em Teresina, o pai, a mãe e os avós paternos de Wesley Carvalho Ferreira, criança de apenas 1 ano e 10 meses desaparecida desde o último 21 de dezembro de 2021. Continua depois da publicidade
Inicialmente o crime foi tratado como desaparecimento e sequestro da criança, uma vez que a mãe do bebê, Ângela Valéria Ferreiro, teria relatado que Wesley foi sequestrado por bandidos armados e encapuzados na Praça da Bandeira, Centro da capital, quando estava ela, o bebê e seu marido.
Mesmo o suposto sequestro tendo ocorrido em dezembro de 2021, o Boletim de Ocorrência, seria registrado somente em 09 de fevereiro deste ano, o que de imediato gerou suspeitas por parte dos policiais.
Após tomar conhecimento do caso, a Polícia Civil, através da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), deu início às investigações sobre o crime. Diligências foram realizadas no sentido de localizar o corpo da criança ou os supostos bandidos.
Descartada a hipótese de sequestro, e, com base nas investigações, a Polícia Civil prendeu na noite desta segunda (21), pai, mãe e avós paternos do pequeno Wesley.
“A Polícia Civil descarta a hipótese de sequestro e trabalha com outras linhas de investigação. Uma delas é que a família da vítima ficou em jejum duas semanas, orando, e depois sacrificou a criança, colocando fogo no seu corpo”, afirmou o delegado Matheus Zanatta, gerente de policiamento do interior da Polícia Civil do Piauí.
Segundo o delegado, os próximos passos da investigação ocorrerão no local onde teria ocorrido o ritual, a fim de esclarecer a dinâmica do crime. Até o momento o corpo do pequeno Wesley não foi localizado.
“Iremos fazer uma perícia no local onde foi indicado que a criança foi morta e sacrificada, para trazer elementos técnicos para o bojo das investigações”, destacou o delegado Zanatta.
Crime perfeito?
O caso só foi descoberto devido a tia da criança, identificada como Socorro Ferreira, teria decidido visitar a irmã Ângela. Ao chegar no povoado Santa Teresa, a mulher não encontrou a irmã em casa. Ela havia se mudado para a Vila Uruguai.
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Socorro então conseguiu o novo endereço da irmã e lá chegando, soube pela irmã que a criança havia sido sequestrada e que a mãe não havia prestado queixa na delegacia, pois estaria sendo ameaçada pelos supostos sequestradores.
Dessa forma, Socorro tomou iniciativa e formalizou a denúncia, passados mais de 40 dias após o sumiço da criança. Com a Polícia Civil investigando o caso, delegados passaram a considerar a possibilidade de homicídio com ocultação de cadáver.
Edição Tribuna de Parnaíba