Comentarista da GloboNews e colunista do g1, ela lutava contra um câncer e estava internada em São Paulo para tratar uma pneumonia.
A jornalista e colunista de política, Cristiana Lôbo, morreu nesta quinta-feira (11), em decorrência de um mieloma múltiplo, do qual se tratava havia alguns anos, agravado por uma pneumonia contraída nos últimos dias. Ela tinha 64 anos e estava internada no hospital Albert Einstein, em São Paulo. Continua depois da publicidade
Cristiana atuou no jornalismo por mais de 30 anos. Começou a carreira cobrindo a política do estado de Goiás, onde nasceu, até se mudar para Brasília. Ela deixa marido, Murilo, dois filhos, Gustavo e Bárbara, e dois netos, Antônio e Miguel.
O diretor-geral de Jornalismo da TV Globo, Ali Kamel, divulgou uma nota em que lembrou a parceria profissional com Cristiana Lôbo. “Pude sempre reconhecer nela um ser humano doce, gentil, amigo das pessoas.”
“Cris era uma profissional ímpar. Eu comecei a trabalhar com ela em 1991, em Brasília, quando dirigi a sucursal do Globo. Nesses 30 anos, Cris sempre se mostrou uma profissional exemplar, correta, zelosa, ansiosa pela notícia em primeira mão. Pude sempre reconhecer nela um ser humano doce, gentil, amigo das pessoas. O jornalismo perde um talento enorme. Pelos depoimentos que ouvi, porém, a generosidade dela ajudou a deixar incontáveis discípulas e discípulos. É um grande legado”, afirmou Kamel.
Continua depois da publicidade
O também comentarista da GloboNews, Merval Pereira, amigo de Cristiana Lôbo, recordou que ela gostava do dia a dia no Congresso e que ela via o Legislativo, com seus defeitos e qualidades, como essencial para o futuro do país.
“Gostava das intrigas do Congresso. Aprendeu cedo a entender o que era notícia, o que era boato; o que era manipulação, o que era informação. Nunca perdeu visão irônica da atividade política, embora entendesse que o Congresso, com seus defeitos e qualidade, moldava nosso futuro”, escreveu Merval.
“Tinha parâmetros rigorosos para avaliar a atuação parlamentar. Ultimamente, antes de adoecer, tinha visão cética da política, mas ao mesmo tempo era pragmática para aceitar o material humano que tinha para trabalhar, com um senso de humor característico. Vai fazer falta”, completou.