Estudo brasileiro mostrou que a taxa de proteção do imunizante cai conforme a idade do paciente. Acima dos 80 anos seria de apenas 28%
Um grupo de especialistas que assessora a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou nesta segunda-feira (11) a aplicação de uma dose de reforço contra a covid-19 em idosos completamente imunizados com a Coronavac e em pessoas com imunidade comprometida que tomaram qualquer vacina. “Ao implementar esta recomendação, os países devem inicialmente ter como objetivo maximizar a cobertura de 2 doses nessas populações e, posteriormente, administrar a terceira dose, começando nos grupos de idade mais avançada”, diz um comunicado do Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas da OMS (Sage, na sigla em inglês). Continua depois da publicidade
Segundo os profissionais, é preferível que pessoas com 60 anos ou mais que receberam duas doses da Coronavac tomem a terceira dose do próprio imunizante. No entanto, os especialistas ponderam que, ao se levar em conta a disponibilidade das vacinas, o uso na dose de reforço de um imunizante diferente do aplicado nas duas primeiras doses pode ser considerado.
O Sage também recomendou a aplicação da terceira dose de qualquer vacina em indivíduos com imunidade comprometida. Esse grupo populacional, segundo a OMS, tem uma resposta imune mais baixa aos imunizantes e, portanto, corre mais riscos ao contrair o coronavírus. Além da Coronavac, que é produzida no Brasil pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, a recomendação também vale para imunizantes fabricados pela Sinopharm.
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Estudo brasileiro
No Brasil, um estudo sobre a eficácia da CoronaVac levantou que a taxa de proteção do imunizante cai conforme a idade do paciente. Em pessoas com idade entre 70 e 74 anos, a eficácia está em 61,8%. No grupo entre 75 e 79 anos, a porcentagem cai para 48,9%, enquanto em idosos acima de 80 anos o número chega a apenas 28%.