Ministério da Saúde orienta pela suspensão da vacinação de adolescentes sem comorbidades

Ministério recomenda a vacinação apenas de adolescentes, entre 12 e 17 anos, com comorbidades.

A pasta não recomenda, neste momento, a vacinação dos adolescentes que não apresentem algum fator de risco. A orientação é baseada, entre outros fatores, em evidências científicas que consideram o baixo risco de óbitos ou casos mais graves da Covid-19 neste público. Entre os adolescentes, de 15 a 19 anos, que morreram por Covid-19, 70% tinham pelo menos um fator de risco. Entre os mais de 20 milhões de adolescentes brasileiros, apenas 3,4% têm alguma comorbidade, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde de 2019. Esse número representa cerca de 600 mil jovens nesta faixa-etária. Continua depois da publicidade

A imunização deve ser feita com o imunizante da Pfizer/BioNTec, o único aprovado pela Anvisa para este público. A partir das próximas pautas de distribuição de vacinas, o Ministério da Saúde começa a enviar doses para este público, considerando o quantitativo em cada estado. O ministro da Saúde alertou reiteradamente para a necessidade de todos os entes federativos seguirem as recomendações do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

“O Ministério da Saúde pode rever a sua posição, desde que haja evidências científicas sólidas em relação à vacinação em adolescentes sem comorbidades. Por enquanto, por uma questão de cautela, nós temos eventos adversos a serem investigados. Nós temos essas crianças e adolescentes que tomaram essas vacinas que não estavam recomendadas para eles. Nós temos que acompanhar esses adolescentes”, ressaltou o ministro da Saúde Marcelo Queiroga nesta quinta-feira (16), durante uma coletiva para esclarecer o assunto.

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Morte de adolescente ainda sob investigação

O Ministério da Saúde aguarda a conclusão da investigação de um evento adverso grave pós vacinação, com morte, de uma adolescente de 16 anos, moradora de São Bernardo do Campo (SP), que foi notificado pelo estado de São Paulo nessa quarta-feira (15). Até o momento, não é possível saber se a morte da adolescente, que foi vacinada com a Pfizer/BioNTech, tem relação direta com a vacina ou se ela tinha algum fator de risco. Esse fato será detalhadamente apurado pelas equipes de vigilância do estado e pelo Ministério da Saúde. No total, 1.545 efeitos adversos pós vacinação foram notificados em adolescentes até agora, que podem ou não ter relação com a vacina.

No Reino Unido, o Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização (JCVI, na sigla em inglês) decidiu não recomendar a vacinação de adolescentes sem comorbidades no início de setembro. A decisão foi baseada nos efeitos adversos pós vacinação e na análise de um efeito colateral raro, uma inflamação no coração chamada miocardite. As autoridades de saúde também estão investigando os casos.

Fonte: Ministério da Saúde / Edição: Tribuna de Parnaíba

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