Mandante pagou aproximadamente R$ 200 mil para assassinar empresário parnaibano. 03 indivíduos estão foragidos, entre eles o acusado de ser o mandante do crime.
Na manhã desta sexta-feira (18), a Polícia Civil do Estado do Piauí, declarou encerrado o inquérito policial sobre a morte do empresário Janes Cavalcante Castro, ocorrido em setembro de 2020. Continua depois da publicidade
Ao todo a polícia identificou 10 pessoas envolvidas na morte do empresário, sendo que 07 já estão presas e 03 foragidas. Nesta quinta-feira (17), uma última operação foi deflagrada nas cidades de Parnaíba e Teresina, com o intuito de arrecadar documentos e equipamentos eletrônicos referentes ao homicídio.
05 mandados de busca e apreensão foram executados, resultando na apreensão de importantes documentos para finalização do inquérito, entre eles um comprovante de depósito bancário no valor de R$ 8 mil, usado para despesas dos executores.
Segundo o Delegado João Rodrigo Luna, a Polícia Civil já identificou a participação de cada um dos acusados na morte do empresário.
Estão foragidos:
- José Hiago Ferreira da Silva – piloto da motocicleta utilizada no crime;
- Evandro Tenório Britto, vulgo: Vando Brito/Pernambuco – considerado o chefe da organização especializada no crime de pistolagem;
- Mário Roberto Bezerra Correia, vulgo Nino – “possível” mandante do crime.
A Polícia Civil trata Mário Correia, vulgo Nino, como possível mandante, por acreditar que já haja provas suficientes que o colocam como principal interessado na morte do empresário, haja visto que toda a movimentação financeira para a execução do crime está comprovadamente ligada ao mesmo. No entanto, a polícia aguarda o resultado da perícia em aparelhos telefônicos, o que poderá dar um novo rumo ao caso, o que neste caso resultaria na abertura de um novo inquérito policial, ou confirmar de vez a autoria intelectual do homicídio.
Moradora de Luís Correia não foi indiciada
Presa na primeira fase da Operação Sicário, uma moradora de Luís Correia, identificada pelas iniciais A.A, teve sua participação excluída do inquérito. A mulher havia sido presa após a polícia identificar seu número de telefone como referência nos envelopes bancários utilizados para depósito de parte do dinheiro utilizado no crime.
A Polícia Civil decidiu por não indiciá-la, visto que, na operação desta quinta-feira (17) em Teresina, em um dos endereços de Mário Roberto Bezerra Correia, foram encontrados os documentos bancários originais do referido depósito, o que a princípio a inocenta.
O mandante
Durante entrevista coletiva, na sede do Complexo de Delegacia Civil da cidade de Parnaíba, o delegado João Rodrigo Luna, apresentou o nome do mandante do crime. Trata-se do pernambucano, residente em Teresina, Mário Roberto Bezerra Correia, vulgo Nino.
Segundo o delegado, até o momento há provas que o colocam como principal suspeito de ser o mandante da execução de Janes Cavalcante Castro. Nino teria gasto aproximadamente R$ 200 mil para que o empresário fosse morto. Questionado, o delegado afirmou que a motivação para o crime seria de ordem financeira, dívidas do empresário.
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Nessa quinta-feira (17), os policiais fizeram buscas em três endereços ligados à Mario Roberto Bezerra. Em um deles foi encontrado um comprovante de depósito no nome de José Robervan Araújo, homem apontado como sendo o contato entre o mandante e os assassinos, além de ter participado ativamente da morte de Janes.
Chefe da organização criminosa está foragido
De a cordo com a Polícia Civil, Evandro Tenório Britto, vulgo: Vando Brito/Pernambuco, considerado o chefe da organização criminosa, especializada no crime de pistolagem viajou à Teresina, logo após o assassinato de Janes Castro. A polícia acredita que ele tenha ido receber o restante do pagamento pela morte do empresário. Logo após, Evandro teria retornado a Pernambuco.
Confira a entrevista coletiva sobre a conclusão do inquérito policial da morte de Janes Cavalcante Castro.