MPF recomenda que Wellington Dias não envie vacinas do Piauí para Amazonas

Para o MPF, a destinação de 5% das já escassas doses para outro estado representa, não apenas violação ao Plano Nacional de Vacinação, como também o desamparo aos grupos de riscos locais.

O Ministério Público Federal (MPF) recomendou ao governo do Piauí que não envie a cota extra das vacinas contra a Covid-19 a qualquer outro estado da federação. A recomendação foi encaminhada nesta segunda-feira (25) ao governador Wellington Dias (PT), presidente do Consórcio Nordeste e membro do Fórum dos Governadores do Brasil. Continua depois da publicidade

A recomendação ocorreu após os governadores de 22 estados, entre eles, Wellington Dias, acertarem o repasse de 5% das próximas doses da Coronavac e da primeira leva da vacina Astrazeneca de todos os estados serão destinadas para o Amazonas, devido à “transmissibilidade alta” de casos e à gravidade da situação.

O estado registrou 156.149 casos confirmados de coronavírus e 3.020 mortes, segundo o boletim divulgado nesta segunda-feira (25) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi). Para conter a disseminação da Covid-19, o Comitê de Operações Emergenciais (COE) anunciou nesta segunda-feira (25) que vai recomendar que o governo decrete novas restrições de atividades em bares, restaurantes e eventos.

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No documento, o procurador regional dos Direitos do Cidadão, Kelston Pinheiro Lages, também recomenda que o governo cumpra o Plano Nacional de Vacinação, do Ministério da Saúde, de modo que sejam aplicadas em toda a população piauiense (grupos prioritários) a quantidade de vacinas destinadas ao estado do Piauí.

O procurador orientou ainda o gestor a atuar com transparência na execução da vacinação contra a Covid-19, envidando esforços para que sejam amplamente divulgadas as metas vacinais atingidas.

“Determinei o prazo de cinco dias úteis para que o Ministério Público Federal seja informado do acolhimento da recomendação e das providências adotadas, no sentido de seja cumprida”, destacou Kelston Lages.

Para Kelston Lages, a destinação de 5% das já escassas doses para outro estado representa, não apenas violação ao Plano Nacional de Vacinação, como também o desamparo dos grupos de riscos locais.

Fonte: G1

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