MPPI apresenta laudos sobre morte de detentos da Cadeia de Altos

O Ministério Público do Piauí concluiu, que os presos da Cadeia Pública de Altos, hospitalizados, haviam sido envenenados após dedetização realizada no local.

Fonte: MPPI

O promotor de Justiça Elói Júnior, titular da 48ª Promotoria de Justiça de Teresina, assinou, neste domingo (14), um despacho que faz parte de um Inquérito Civil, com conclusões sobre a investigação feita para acompanhar o caso dos presos que morreram e que adoeceram na Cadeia Pública de Altos (CPA).

O membro do Ministério Público do Piauí explica que profissionais de saúde da instituição e os que acompanharam o tratamento dos detentos concluíram que os presos foram vítimas de uma intoxicação exógena. A conclusão foi feita após uma avaliação dos prontuários médicos dos presos da CPA e dos hospitais públicos onde os detentos estiveram internados. Foram analisados os exames laboratoriais e de imagem.
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O titular da 48ª Promotoria de Justiça de Teresina afirma que no início de maio, pouco antes dos primeiros presos adoeceram, uma empresa havia realizado serviços de dedetização, desratização, descupinização e capina. Na dedetização foi utilizado o inseticida piretróide Cipermetrina 250 Ce, substância compatível com os achados médicos nos exames realizados nos presos.

O promotor de Justiça aponta também que o secretário estadual de Justiça não prestou as informações solicitadas pelo Ministério Público e demais órgãos que acompanham as investigações sobre as causas do adoecimento e das mortes dos detentos da CPA. Elói Júnior finaliza recomendando ao governador do Estado a exoneração do secretário estadual de Justiça.

Além disso, o promotor de Justiça determina o envio dos documentos e das informações obtidas a órgãos, como a Vara de Execuções Penais de Teresina, à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde; ao Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN), entre outros.

O inquérito civil instaurado deve prosseguir para apurar outras questões relacionadas ao tratamento dos presos como, por exemplo, avaliar se o atendimento médico que cada um recebeu foi satisfatório ou não.

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