De 2003 a 2017, a taxa de incidência de sífilis congênita subiu de 1,7 para 8,6 casos por mil nascidos vivos
Fonte: Observatório do Terceiro Setor
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) bacteriana. Se não for diagnosticada e tratada oportunamente, pode progredir para formas mais graves. Além disso, é transmitida verticalmente, podendo ocasionar complicações, como aborto, natimorto, parto prematuro, baixo peso ao nascer e manifestações clínicas de sífilis congênita.
O Boletim Epidemiológico Vigilância em Saúde no Brasil 2003 | 2019 mostrou que, no período de 2003 a 2017, verificou-se incremento da taxa de incidência de sífilis congênita de 1,7 para 8,6 casos por mil nascidos vivos. Isso significa que, em 2017, a taxa de recém-nascidos com a doença foi 5 vezes maior que em 2003.
Outro dado que chama atenção é a taxa de detecção da doença em gestantes, que passou de 0,5 para 17,2 casos por mil nascidos vivos no período de 2005 a 2017.
Durante os últimos 16 anos, observa-se a inclusão da sífilis em gestantes e sífilis adquirida como agravos de notificação compulsória. Continua depois da publicidade
O relatório mostra que ainda há muitos desafios quanto à integração entre Vigilância em Saúde e Atenção Básica, organização das RAS para assistência a crianças expostas à sífilis e com sífilis congênita, acesso das populações-chave a serviços de saúde, promoção de ações de informação, comunicação e educação em saúde, intersetorialidade, entre outros aspectos para fortalecimento da vigilância, da prevenção e do controle da doença.
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