Associação dos Pacientes Renais do Piauí, culpa a Secretaria Estadual de Saúde do Piauí e o programa Tratamento Fora do Domicilio (TFD) por falta de assistência aos pacientes.
Fonte: 180 Graus
O paciente renal crônico José Ramos, de Teresina, perdeu um transplante de rim na cidade de Fortaleza (CE) neste sábado (09) por não ter condições de fazer a viagem e não receber nenhum apoio do poder público.
Segundo o professor Luiz, da Associação dos Pacientes Renais do Piauí, o caso gerou muita revolta, pois o homem está há muito tempo sem fazer hemodiálise e culpa a Secretaria Estadual de Saúde, (que tem a frente o ex-prefeito de Parnaíba, Florentino Neto – PT) e o programa Tratamento Fora do Domicilio (TFD) por falta de assistência aos pacientes.
“Ligaram para ele de Fortaleza e isso foi negado pelo TFD do Piauí. O estado do Piauí não faz transplante aqui, e não por falta de equipe, tem equipe boa, o problema é justamente as condições do Hospital Getúlio Vargas e também os insumos para o transplante que não tem. O Piauí nega aos pacientes renais, nega o TFD, nega o transplante e quando o paciente é chamado para fazer fora do estado, isso também é negado”, afirmou o professor Luiz.
“O rapaz recebeu a ligação do hospital de Fortaleza, para ele estar lá no mesmo dia, para fazer o transplante e desde 3h da manhã ele tentava falar com uma pessoas do TFD e não encontrou ninguém, depois de muita luta, conseguiu falar com a diretora do TFD e acreditou que estava tudo resolvido, mas não, a única coisa que ela disse para ele era que o paciente tinha que estar preparado para quando for chamado. Mas ele estava preparado, todos os exames dele estão ok, ele tinha um acompanhante para levar, mas não foi feito o transplante porque o TDF não comprou passagem. Ele disse que o paciente tinha que estar preparado, mas era pro paciente comprar a passagem, ou seja, o rapaz, que já está com muito tempo na hemodiálise, esperando o grande dia para a vida dele, isso não aconteceu por causa da incompetência, de uma administração que não tem planejamento. Uma equipe que já está há muito tempo e não tem planejamento, não se programa”, completou.
“Nenhum paciente está viajando para fazer transplante, nenhum, quem viaja é porque é amiguinho de um ou de outro dentro do TFD, esse consegue, mas a grande população que não tem amizade, que vai pelas vias legais, não consegue, como este caso, que o transplante foi perdido, por incompetência de algumas pessoas”, concluiu o professor Luiz