Protesto contra o Governo do Estado aconteceu na manhã desta quinta-feira (07), na Praça da Graça, centro de Parnaíba.
Da Redação do Tribuna de Parnaíba
Representantes da Polícia Militar do Estado do Piauí e do Corpo de Bombeiros Militar, realizaram um ato de protesto na manhã desta quinta-feira (07), em frente à Igreja de Nossa Senhora da Graça, no centro de Parnaíba.
O protesto pacífico, reuniu militares de folga que reivindicaram melhores condições de trabalho, tanto no aparelhamento quanto no respeito a salubridade.
“Nós temos N situações para mostrar à população, uma é que o governo mostra em suas propagandas na televisão que a segurança pública está a mil maravilhas, e asssim a população entende que o caos é causado pelos profissionais, só que a situação é totalmente diferente. Nós vemos em 2019 policiais empurrando viaturas, aí você pode até pensar que possa haver um problema mecânico, sim pode! Mas está demais! Nós estamos há 4 anos sem reposição salarial, e isso não é de agora, então para nós hoje virmos pra rua é porque a situação realmente está ruim demais, o Governo não tem diálogo com a categoria”. Afirmou o Sargento Eudes – Representante Regional da ABMEPI (Associação dos Bombeiros e Policiais Militares do Piauí).
Desaparelhamento
O Sargento ainda afirmou que as guarnições saem para ocorrências com no máximo 12 cartuchos de munição, e, que por várias vezes as viaturas precisaram ser ligadas “no tranco” para atender a um chamado.
Ainda segundo o sargento, a manifestação tem a intenção de sensibilizar a população para a causa dos militares, ja que, segundo ele, o diálogo com o Governo Estadual é muito difícil.
Policiais doentes
“Se hoje nós formos tirar da ativa os policiais militares doentes, perderíamos a metade do efetivo”. Em Teresina há o CAIS (Centro de Ação Integrado em Saúde), mas, segundo afirmou o militar, ainda não há uma política para que os policiais do interior do estado tenham acesso a este tipo de tratamento. “Nós temos colegas com depressão, nós temos colegas que tomam remédio controlado escondido porque temem o preconceito dentro da corporação… temos um colega que sofreu um AVC dentro do quartel durante uma palestra, tivemos um outro que sofreu uma parada cardíaca dentro do Centro de Operações da Polícia Militar – Copom (190) e veio a óbito pouco tempo depois, então hoje não há uma política para a saúde dos militares. Um outro caso de um policial que sofreu um acidente em serviço que teve a perna quebrada durante um acidente em Luís Correia que tivemos que fazer vaquinha, fazer bingo pra ajudar o cara por que o Estado não tem um programa”.
Familiares de policial morto em serviço ainda não receberam pensão
Até esta quinta-feira (07), a viuva do policial militar F. Sousa, morto em serviço na Ilha Grande ainda não havia recebido nem a indenização e nem a pensão pela morte do polical ocorrida em 22 de julho, durante uma ocorrência policial. Continua depois da publicidade
Viaturas sem equipamentos obrigatórios
A categoria denuncia que em Parnaíba viaturas circulam sem giroflex, sem sirenes e em alguns casos com pneus sem a mínima condição de trafegar garantindo a segurança dos policiais ou de outros motoristas.
Promoções fiadas
Quando o policial é promovido a promoção leva até (01) um ano para ser acrescida no contra-cheque do policial. Um cabo recebe R$ 50 a mais que um soldado, um sargento R$ 90 a mais que um cabo e mesmo assim demoram mais de ano para ser acrescidas no contra-cheque.
Efetivo
Atualmente o ideal de efetivo para o Estado do Piauí é de 1.450 homens no Corpo de Bombeiros e, 11.777 Policiais Militares, porém, a realidade é que hoje, o efetivo de militares do corpo de bombeiros é de 372 homens e a PM conta com pouco mais de 6 mil homens.