Colegiado do CRM entendeu que local ainda pode oferecer riscos de infecção materno e de recém-nascidos, e principalmente mortes. Em dois anos mais de 500 bebês e mães morreram na unidade.
Fonte: Ascom CRM
A diretoria e demais conselheiros que formam o colegiado do Conselho Regional de Medicina do Piauí – CRM-PI, após reunião e discussões na noite desta quinta-feira (31), decidiu por maioria manter a Interdição Ética na Maternidade D. Evangelina Rosa (MDER).
Entre as razões para a determinação punitiva imposta na maior maternidade de alta complexidade do Piauí, em Teresina, estão ainda alguns problemas estruturais em algumas alas, onde ficam internados mães e recém-nascidos, as chamadas enfermarias de cuidados intermediários, conforme registrados na avaliação da vistoria realizada na última quarta-feira (30).
Embora muitas outras irregularidades apontadas em relatório técnico do CRM-PI tenham sido corrigidas a contento, o colegiado entendeu que optar pela desinterdição ainda é uma questão de risco, o que poderia gerar novamente superlotação, riscos de infecção materno e de recém-nascidos, e principalmente mortes.
A Secretaria Estadual de Saúde – Sesapi informou ao CRM-PI que a mesma empresa que fez a entrega da nova Sala de Material de Esterilização e Desinfecção, que era uma das necessidades para se evitar riscos quando a limpeza e controle de infeção da maternidade, começará na próxima semana a do piso das alas mais danificadas, bem como problemas de infiltração e os banheiros, que encontram-se em péssimas condições de uso. CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Com a interdição, profissionais médicos não poderão atender e nem o hospital poderá dar entrada a pacientes de baixa complexidade, recebendo apenas via regulação ou pacientes da região de média e alta complexidade.
O CRM-PI vai continuar fazendo vistorias e também acompanhará o andamento da obra que se iniciará na próxima semana. Nesta sexta-feira (1º), o CRM-PI fixou novo documento de interdição na porta de admissão da maternidade.