Sessão foi marcada por agressões verbais, entre opositores ao projeto enviado pelo Prefeito Mão Santa e, apoiadores do mesmo. Polícia permaneceu na Câmara durante toda a sessão.
Por: Bruno Santana
O Projeto de Lei nº 4.368, que trata do Plano de Saneamento Básico da cidade de Parnaíba, foi votado nesta segunda-feira (31), último dia para que o mesmo fosse aprovado.
Mesmo com muitas emendas (e remendos) o PL 4.368 foi aprovado e a cidade terá garantido o recebimento de recursos federais para investir em diversas obras de saneamento básico. Tanto oposição, quanto situação saíram da câmara “dizendo-se” vitoriosos, no entanto, nesta segunda-feira (31), ultimo dia do ano, última sessão do ano, ninguém ganhou, nem mesmo a população.
O que se viu foi um jogo de interesses muitas vezes obscuros, é sabido que a AGESPISA hoje é a galinha dos ovos de ouro da região norte do Piauí. São mais de R$ 30.000.000,00 anuais e inúmeros cargos ao bel prazer do governador Wellington Dias. Já para Parnaíba esses números não significam nada, o investimento mensal para a cidade é de apenas R$ 10.000,00/mês. A superintendência da empresa em Parnaíba foi retirada logo no início de 2015, quando o atual governador Wellington Dias ainda instalava-se no Karnak.
Relatórios da própria Agespisa apontam que por diversas vezes foram detectados coliformes fecais na água que é servida aos parnaibanos.
A oposição conseguiu emplacar diversas emendas, como o não repasse da infraestrutura física para a prefeitura de Parnaíba, que, desde o último dia 27 por decreto municipal está gerindo o abastecimento de água da cidade. Outa emenda aprovada por maioria da câmara foi a retomada do contrato da Prefeitura com a AGESPISA, o que para alguns soou como inexplicável, haja visto que o contrato já não existia mais, dado o decreto de rompimento.
Mancada
Tamanha foi a confusão na câmara que até edição de artigo suprimido foi proposto por vereadores da base do governador Wellington Dias em Parnaíba. Ora, como editar algo que foi excluído? E excluído por unanimidade dos vereadores da casa.
Sessão perda de tempo
O futuro? Mais discursão! O projeto aprovado agora segue para o executivo que terá direito a vetar as emendas aprovadas na câmara, para logo em seguida voltar à câmara onde será analisado pelos vereadores.
Para derrubar o veto do Prefeito Mão Santa a casa precisa de 2/3 dos votos contrários ao veto, ou seja, 12 votos. Até lá o que se pode esperar é muita barganha de alguns vereadores de ambos os lados em troca do seu voto.
Dos 17 vereadores que compõem a câmara municipal de Parnaíba o único a faltar foi o vereador Irmão Marquinhos. Usando uma rede social, o ex-prefeito de Parnaíba, Florentino Neto (PT), afirmou que a ausência do vereador Irmão Marquinhos foi “um ato de contestação à privatização.” CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE.
Aliados do governador Wellington Dias, mesmo sabendo que NÃO se tratava de PRIVATIZAÇÃO da AGESPISA, insistiram nos últimos dias em tentar manipular a opinião pública com a possibilidade da privatização por parte do município, de um órgão que é de competência estadual, o que é um verdadeiro absurdo! Mas, houve quem acreditasse nisso.
Para o governo Mão Santa sobrou reavaliar realmente de que lado estão os vereadores Diniz e Irmão Marquinhos, haja visto que até poucos dias entravam na conta de “aliados” da gestão municipal.
Confira mais imagens da tumultuada última sessão de 2018: