Cirurgião especializado afirmou que esse tipo de lesão é grave, mas a recuperação dependerá de como o corpo irá reagir no pós-operatório.
Fonte: G1
De acordo com o médico Luiz Henrique Borsato, da equipe que atendeu Jair Bolsonaro na Santa Casa de Juiz de Fora, o candidato não deverá ter alta hospitalar antes de “uma semana ou 10 dias”. Ele pode ficar até 3 meses com uma bolsa externa ligada ao intestino.
“Foi feita a abertura da barriga (laparotomia exploradora), mas como tinha muito sangue, a primeira ideia era que poderia ser uma lesão do fígado, que é um órgão que sangra muito. Mas foi uma lesão de uma veia no abdômen”, disse o cirurgião Flávio Quilici, presidente da Federação Brasileira de Gastroenterologia.
O quadro de Bolsonaro:
- A lesão no fígado foi descartada após laparotomia exploradora – quando os médicos abrem a barriga para checar quais foram os órgãos afetados;
- O candidato teve um choque hipovolêmico – quando há perda severa de sangue. Após o procedimento médico, o sangramento foi controlado.
- Ocorreu uma lesão de uma veia na região do abdômen, controlada pelos médicos;
- Ocorreu uma lesão transfixante (perfuração) grave no intestino grosso, com importante contaminação fecal, que foi resolvida pelos médicos (fechada);
- Ocorreram três lesões no intestino delgado, que também foram suturadas pelos médicos;
- Ele fez uma colostomia temporária para evitar uma infecção no intestino grosso.
“O problema é que a lesão do cólon (intestino grosso), como perfurou e tem fezes na região, pode contaminar a barriga. Isso obriga, para garantir a segurança do paciente, a fazer um desvio das fezes”, explica o cirurgião.