TCE quer prestação de contas do FINISA I da gestão de Wellington Dias

TCE separa verificação de obras do FINISA do processo financeiro e acelera julgamento que pode expor corrupção.

Quem tiver o que contar, resolva sua vida e seja o primeiro. Quem insistir no erro, pode ficar sozinho na cela. O Tribunal de Contas do Estado decidiu na última quinta-feira (5) acelerar o julgamento da prestação de contas do empréstimo FINISA I da gestão de Wellington Dias. E a Justiça Federal já apontou, no mínimo, o caminho da improbidade administrativa.

Os conselheiros do TCE resolveram separar a auditoria de obras da auditoria contábil, financeira e orçamentária. Na prática, o TCE não precisa mais esperar que seu departamento de engenharia visite as mais de 450 obras que Wellington Dias alegou ter feito para julgar suas contas. Isso seria impossível para os 12 engenheiros do Tribunal fazerem e levaria a um labirinto infinito de brechas e debates jurídicos que deixariam impunes os responsáveis pelo desvio de finalidade de 270 milhões de reais, segundo o TCE.

E embora improbidade administrativa não leve — diretamente — alguém para a cadeia (apesar de lhes impor outras penas), se forem encontradas corrupções praticadas no mesmo caminho, certamente quem não tem dinheiro para pagar bancas de advogados pela vida inteira vai parar na penitenciária Irmão Guido. O lugar não é dos melhores para quem se acostumou com vinhos caros, viagens internacionais e outros benefícios diretos de mutretagens que drenaram os recursos públicos. Continua após a publicidade

Tranquilidade é algo que o procurador-geral do Estado Plínio Clerton não pode prometer aos servidores e empresários que ajudaram o governador a pedalar, conforme apontam as suspeitas.

O discurso do auditor do Tribunal de Contas da União Helano Guimarães foi contundente. Em nome da rede de controle, se manifestou sem poupar nem o ex-secretário de Fazenda Rafael Fonteles, apontando, inclusive, pagamentos fora do previsto no contrato do empréstimo que somam quase 10 milhões de reais e destinados a uma empresa de sua família, o Instituto Premium, que presta serviços a Secretaria de Educação. O pagamento, conforme o relato do auditor, foi feito sob gestão da primeira-dama do Estado e deputada federal Rejane Dias, que era secretária de Educação à época.

Fonte: Política Dinâmica
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