O que fez com R$ 307 milhões governador?
E a recomendação do MPF é a que Caixa Econômica Federal não faça novos repasses.
A semana não começou bem para o governador Wellington Dias (PT), mas aponta que um mistério pode chegar ao fim antes das eleições de 2018.
Deve ser publicada nesta terça-feira (17) a portaria 48/2018 do Ministério Público Federal, que instaura inquérito civil para apurar supostas irregularidades na gestão e aplicação de recursos públicos federais de empréstimo feito junto à Caixa Econômica Federal pelo Governo do Piauí.
Até o presente momento, não se tem muitas e nem são confiáveis as informações do Governo do Estado sobre como R$ 307 milhões foram utilizados ano passado. Esses recursos são provenientes de um empréstimo junto à Caixa.
O inquérito em questão busca apurar as suspeitas sobre o empréstimo de contrato nº 0482405-71, no valor total de R$ 600 milhões. O dinheiro deveria ter sido utilizado integralmente para obras de infraestrutura e saneamento. A decisão do MPF tem base na denúncia de deputados estaduais e na ação civil pública de autoria do jurista Valter Alencar (PSC), pré-candidato a governador.
Para a instrução do inquérito, o procurador Marco Aurélio Adão determinou que fosse entregue à Caixa Econômica uma recomendação de que, por medida de cautela, diante de possível descumprimento do contrato, o banco não repasse a segunda parcela do empréstimo para o Governo do Estado.
Nem repasse parcelas de novos empréstimos que tenham a mesma finalidade deste. Ou seja, a recomendação alcança o novo empréstimo de R$ 315 milhões e a segunda parcela de R$ 298 milhões do primeiro empréstimo.
Era com esse dinheiro que Wellington Dias esperava fazer a campanha de reeleição. Utilizando-o para movimentar obras que não fez com o dinheiro da primeira parcela.
As investigações sobre possível fraude no uso dos recursos de operação de crédito com a Caixa agora correm na esfera do MPF, ou seja, a seguir, a Polícia Federal pode ser acionada.