Reza a lenda, que a lagoa nasceu das lágrimas de uma índia Tremembé, que misturou-se às águas da chuva mandada pelo Deus Tupã.
Por: Bruno Santana
As águas que enchiam a lagoa do Portinho secaram. O que hoje se vê ao chegar à lagoa é apenas um fino espelho d´água, que mais transforma o local em um enorme lamaçal do que lagoa.
Onde antes existiam 5 milhões de metros cúbicos de água, hoje existem apenas lembranças de um dos mais belos cartões postais do Nordeste e uma fina lâmina de água que mal cobre a vegetação que cresce ali.
Em 2015, a SEMAR – Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, realizou uma audiência pública para esclarecer o que vinha causando o assoreamento da Lagoa do Portinho. A resposta oficial foi o “fator climático”, ou seja, falta de chuva.
De lá para cá, praticamente NADA foi feito e a lagoa desapareceu. Algumas iniciativas privadas foram executadas, mas sem sucesso. O Governo Estadual e a Secretaria Estadual de Turismo, parecem ter descartado o local dos seus planos de investimento. Até mesmo a via de acesso a lagoa foi tomada pelas dunas, o que obrigou comerciantes, a abrir uma rota alternativa de aproximadamente 300 metros, contornando a duna que tomou a estrada principal.
Hoje, o ponto turístico Lagoa do Portinho, foi transformado em uma cidade fantasma, com direito a estruturas abandonadas e bares servindo de estábulo para gado.