Os prestadores do serviço denunciam que estão há meses sem receber. Eles afirmam que se a situação não se normalizar até o início do período letivo, os alunos da rede estadual de ensino podem ficar sem transporte para se deslocar até as escolas.
De acordo com denúncia de pessoas que prestam o serviço ao governo do Estado e preferem não se identificar, os atrasos no pagamento ocorrem desde o ano passado. Eles relatam que já tentaram negociar com o governo, mas a única resposta que recebem é que os atrasos serão normalizados em breve. Cansados de esperar, eles ameaçam paralisar.
A Secretaria Estadual da Educação (Seduc) possui uma coordenação específica para tratar sobre o Transporte escolar. A coordenação é feita por Lisiane Lustosa. A nossa reportagem tentou falar com ela, mas foi informada de que Lisiane estaria em uma reunião e não poderia falar.
A assessoria da Seduc encaminhou uma nota informando que “os pagamentos relacionados aos serviços de transporte escolar serão realizados a partir da abertura do sistema financeiro do Estado, no mês de fevereiro”. De acordo com a equipe econômica do governo, os pagamentos em atrasos devem ser normalizados a partir do dia 05 de fevereiro.
Os prestadores de serviço do transporte escolar afirmam que não vão esperar além dessa data. Segundo eles, muitos não possuem mais condições de manter o serviço se o atraso se estender por mais um mês.
OUTRA AMEAÇA
Esse não deve ser o único problema enfrentado pela secretária de Educação, Rejane Dias (PT), no início das aulas. Os professores também ameaçam realizar uma greve geral. A categoria exige o pagamento de reajuste de 6,81% do piso nacional do magistério anunciado pelo MEC em novembro de 2017. De acordo com a presidente do Sinte – PI, Paulina Almeida, a categoria vai realizar uma Assembleia Geral no Clube Social dos Professores no dia 31, às 10 horas, para discutir a greve geral. Se não tiver acordo haverá grave.
MAIS ATRASOS
O mesmo problema é enfrentado pelos terceirizados que prestam serviços ao estado. No caso dos terceirizados, há trabalhadores que estão há quatro meses sem receber. Eles já realizaram paralisações e ameaçam fazer uma greve geral.