Menina morta por PMs é sepultada e avô lamenta: ‘minha primeira netinha’

O sepultamento aconteceu no fim da manhã desta quarta (27) no cemitério Santa Maria, no bairro Parque Alvorada, em Timon (MA).

Foi sepultado nesta quarta-feira (27) o corpo de Emile Caetano da Costa, 9 anos, morta a tiros por policiais militares durante uma abordagem na Zona Leste de Teresina. O clima era de muita comoção e o avô da menina, Francisco Assis Caetano, falou sobre a dor de perder a primeira neta.

“Era minha primeira netinha, uma menina carinhosa, inteligente, sempre ‘pra cima’ e muito apegada comigo. Eu quero que sejam presos quem fez isso”, declarou o avô.

Emocionado, o amigo da família Francisco dos Navegantes pediu justiça. “Queremos que algo seja feito, porque é inadmissível um filho ser enterrado sem o pai poder ver, porque o pai dela ainda está internado com uma bala na cabeça. E isso foi causado por policiais, que nós pagamos com nossos impostos”, declarou.

O sepultamento aconteceu no fim da manhã desta quarta (27) no cemitério Santa Maria, no bairro Parque Alvorada, em Timon (MA), cidade vizinha a Teresina onde a menina morava com os pais.

O crime
Segundo a mãe da menina, Daiane Caetano, disse à polícia que ela, o marido Evandro Costa e as três filhas seguiam em direção ao bairro Dirceu, na avenida João XXIII (Teresina) quando um carro da polícia parou atrás do veículo e os policiais militares desceram atirando.

Segundo a PM, o condutor não havia obedecido a ordem de parada dada pelos policiais. Além disso, os policiais informaram que o carro da família era semelhante ao usado por bandidos para fazer assaltos na capital. O comandante de policiamento da Zona Leste, Wagner Torres, disse que a ação foi equivocada e não seguiu o padrão correto de abordagens.

Emile levou dois tiros nas costas e morreu no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) horas depois. A mãe foi atingida no braço e o pai, na cabeça. A bala ainda está alojada por trás de sua orelha, mas ele não corre risco de morrer.

Os dois policiais, o cabo Francisco Venício Alves e o soldado Aldo Barbosa Dornel estão mantidos no presídio militar e a Corregedoria da PM vai instaurar Inquérito Policial Militar para apurar o caso administrativamente. Criminalmente, a Delegacia de Homicídios está responsável pelo caso.

Fonte: G1
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