Discussão será sobre a falta de contrapartida do Governo do Estado no transporte escolar em Parnaíba.
Reunidos na tarde desta quinta (23) com a secretária municipal de educação, Altair Marinho e com o secretário de governo, Carlos Eduardo, um grupo de vereadores decidiu ampliar a discussão em torno de problemas decorrentes da falta de contrapartida do governo do estado, no que tange ao transporte escolar em Parnaíba, em virtude de ser apenas o município quem atualmente está com a responsabilidade pelo transporte de alunos para suas escolas. “Hoje, 70% dos alunos que o município transporta pertencem à rede estadual de ensino”, informou a secretária Altair.
O vereador Reinaldo Filho sugeriu, na ocasião, que fosse realizada uma audiência pública, na Câmara Municipal, a fim de que o assunto seja compartilhado com a população e os meios de comunicação, por se tratar de um assunto de extrema importância. “Temos que discutir isso agora, no período de recesso escolar, porque é necessário que nossos jovens sejam mantidos em suas escolas, evitando que fiquem nas ruas, fortalecendo os índices de violência e de viciados”, pontuou. Todos os demais vereadores presentes concordaram que a audiência seja realizada dia 6 de dezembro, no horário regimental, às 19h30.
Por conta do grande número de alunos nos ônibus “eles estão ameaçando as apoiadoras. Elas já evitaram até que meninos de 10 anos fizessem relações sexuais dentro do transporte”, denunciou a secretária Altair. Ela disse também que quando falta o transporte em algumas escolas, mesmo sendo da rede estadual, a culpa recai apenas sobre a prefeitura. “E isso deve ser compartilhado, porque o Estado também recebe dinheiro para o transporte escolar”, salientou.
Na mesma reunião foram tratados ainda diversos outros temas ligados à educação, inclusive, sobre o compromisso do prefeito de fazer da educação pública municipal um modelo para o Nordeste. A Secretária Altair, por exemplo, citou como referência, a Escola Municipal Benedito dos Santos Lima, que nem de transporte escolar precisa, por ter como clientela alunos residentes nas imediações. “Temos que pegar as melhores diretoras, ouvi-las e chamá-las para fortalecerem este propósito”, concluiu.