Teresina inicia teste com mototaxímetro; corridas aumentaram 40%

Apenas 10 motos estão com o aparelho instalado nessa fase inicial. Após 60 dias de testes, profissionais dirão se poderão pagar, pois reclamam do alto valor: R$ 950.

Os mototaxímetros estão funcionando em fase de testes em Teresina desde o dia 10 deste mês. Segundo o Sindicato dos Moto taxistas de Teresina (Sindmot), o recurso garante preço justo ao passageiro e ao profissional, e um reflexo disso é que as corridas aumentaram em 40% para aqueles moto taxistas com o aparelho instalado.

Como a instalação ainda não é definitiva, apenas 10 profissionais estão testando o recurso e o prazo inicial é de 60 dias. Ele funcionará como o já conhecido taxímetro, cobrando R$ 3,00 pelo deslocamento inicial e mais R$ 1,10 por quilômetro rodado na bandeira 1, que funcionará das 6h às 20h. Já na bandeira 2, das 20h às 6h, o quilômetro custará R$ 1,30 ao passageiro.

O presidente do Sindmot, Ricardo Costa, conta que nesses primeiros dias de testes, o aparelho só tem gerado benefícios para passageiros e moto taxistas. Contudo, o grande problema ainda é o valor para que todas as motos possuam.

“Só existe uma empresa no país que fabrica esse aparelho com certificação do Inmetro [Instituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Industrial] e custa R$ 950, é muito caro pra gente. Pedimos que o preço seja diminuído e até uns R$ 600 nós podemos pagar. Mas é excelente. É bom pra gente e pro passageiro, porque vai ser o preço justo. Desde que eu coloquei, pelos meus cálculos, já aumentou uns 40% as corridas porque as pessoas pegam o cartão de quem está com ele instalado e só querem pegar com a gente”, declarou.

O diretor de transportes públicos da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), Francisco Nogueira, informou que nesses primeiros 60 dias os passageiros e profissionais podem optar pelo valor do mototaxímetro ou o cobrado habitualmente. Ele lembrou que a Strans já formulou uma tabela junto com os moto taxistas para que não haja cobranças abusivas.

“Se o passageiro normalmente paga R$ 10 e o equipamento mostrou R$ 10,50 ele não vai precisar pagar a mais, porque não está devidamente regulamentado. Depois dos testes é que poderemos regulamentar o uso do aparelho, que deve ter o selo do Inmetro, atestando que não vai ter marcações com erros”, explicou.

Ao fim do prazo, caso os moto taxistas decidam realizar a instalação, os passageiros deverão realizar o pagamento, obrigatoriamente, do valor mostrado no marcador. Hoje, em Teresina, há 2.315 moto taxistas atuando de forma regular, segundo o Sindmot.

Fonte: G1
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